Assusta-me o que andamos a ensinar às crianças. Avaliarmos o nível de qualidade de ensino pela oferta pedagógica... Repugna-me a expressão "a oferta pedagógica". Não sei porquê, repugna-me apenas.
A liberdade de escolha por que tantos pais vestem t-shirts amarelas não é liberdade nenhuma. É seguidismo. Seguidismo do que é caro, do que é "bem", do que é politicamente correcto proporcionar-se aos filhos.
"Proporcionar-se aos filhos" é outra expressão que me repugna. Aos filhos não se proporciona nada. Dá-se de peito aberto e por inteiro. Ou não se dá. Não se proporcionam ofertas pedagógicas. Não se proporciona o desenvolvimento de capacidades. Estimula-se através do contacto, do exemplo, do carinho, do amor.
Os filhos não são projectos, são filhos, são pessoas que devíamos amar acima de tudo e preparar para a vida logo a seguir. E preparar para a vida não é só escola, ou competências, é o toque, a palavra e a atenção.
Já pouco se amam os filhos. Proporciona-se-lhes coisas: uma boa escola, uma boa educação, actividades extra-curriculares e curriculares, um telemóvel, uma Playstation, um brinquedo qualquer para que estejam calados e quietos.
Olho em volta e acho tudo errado. O conceito de boa escola, o valor imensurável que se dá à "qualidade da escola" que não está senão na qualidade de pessoas que lá estão. Pensa-se apenas em rankings, em estatísticas, em relatórios, em regras e esquecem-se as pessoas que, se forem mal formadas, irão formar mal os nossos filhos. E pessoas mal formadas é o que não falta por aí.
Quem educa outrem devia ser escolhido a dedo. Não em termos de canudos, habilitações, testes de matemática ou português, mas em termos pessoais, em carácter, em humanidade.
Educar alguém é o trabalho mais importante que existe. Porque se está a construir o futuro. São as pessoas que educamos hoje que vão fazer ou não guerra amanhã; são quem vai cuidar ou destruir o planeta; são quem vai levar avante ou reduzir a cinzas a humanidade. Por isso, é preciosa a educação que damos, ou não damos, aos nossos filhos. E somos nós, pais, quem dá a educação, não são as escolas. Mas o mundo tira, transforma, ou defrauda a educação que lhes damos. E não é o estéril colégio privado (por vezes, interno) que os prepara para a vida, é a escola pública, com todo o mundo que lá existe, com todo o tipo de gente e connosco atentos, a tomar conta, prontos a ouvir os nossos filhos e a explicar-lhes que a vida e as pessoas, às vezes, são injustas e cruéis e que temos que arranjar escudos para nos protegermos da maldade, da falta de carácter ou da simples ignorância alheia.
Só assim eles poderão ir percebendo que viver é maravilhoso, mas também é duro que se farta. E que nos têm ali para o que der e vier, porque os amamos acima de tudo e os preparamos para a vida logo a seguir.
A liberdade de escolha por que tantos pais vestem t-shirts amarelas não é liberdade nenhuma. É seguidismo. Seguidismo do que é caro, do que é "bem", do que é politicamente correcto proporcionar-se aos filhos.
"Proporcionar-se aos filhos" é outra expressão que me repugna. Aos filhos não se proporciona nada. Dá-se de peito aberto e por inteiro. Ou não se dá. Não se proporcionam ofertas pedagógicas. Não se proporciona o desenvolvimento de capacidades. Estimula-se através do contacto, do exemplo, do carinho, do amor.
Os filhos não são projectos, são filhos, são pessoas que devíamos amar acima de tudo e preparar para a vida logo a seguir. E preparar para a vida não é só escola, ou competências, é o toque, a palavra e a atenção.
Já pouco se amam os filhos. Proporciona-se-lhes coisas: uma boa escola, uma boa educação, actividades extra-curriculares e curriculares, um telemóvel, uma Playstation, um brinquedo qualquer para que estejam calados e quietos.
Olho em volta e acho tudo errado. O conceito de boa escola, o valor imensurável que se dá à "qualidade da escola" que não está senão na qualidade de pessoas que lá estão. Pensa-se apenas em rankings, em estatísticas, em relatórios, em regras e esquecem-se as pessoas que, se forem mal formadas, irão formar mal os nossos filhos. E pessoas mal formadas é o que não falta por aí.
Quem educa outrem devia ser escolhido a dedo. Não em termos de canudos, habilitações, testes de matemática ou português, mas em termos pessoais, em carácter, em humanidade.
Educar alguém é o trabalho mais importante que existe. Porque se está a construir o futuro. São as pessoas que educamos hoje que vão fazer ou não guerra amanhã; são quem vai cuidar ou destruir o planeta; são quem vai levar avante ou reduzir a cinzas a humanidade. Por isso, é preciosa a educação que damos, ou não damos, aos nossos filhos. E somos nós, pais, quem dá a educação, não são as escolas. Mas o mundo tira, transforma, ou defrauda a educação que lhes damos. E não é o estéril colégio privado (por vezes, interno) que os prepara para a vida, é a escola pública, com todo o mundo que lá existe, com todo o tipo de gente e connosco atentos, a tomar conta, prontos a ouvir os nossos filhos e a explicar-lhes que a vida e as pessoas, às vezes, são injustas e cruéis e que temos que arranjar escudos para nos protegermos da maldade, da falta de carácter ou da simples ignorância alheia.
Só assim eles poderão ir percebendo que viver é maravilhoso, mas também é duro que se farta. E que nos têm ali para o que der e vier, porque os amamos acima de tudo e os preparamos para a vida logo a seguir.
Comentários
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Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...