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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2015

Elderinas à Vista

No carro. - Mãe, olha, vão ali as Elderinas ! Olho e só vejo duas raparigas de costas que não consigo reconhecer. - Como sabes que são as Elderinas ? - São, claro que são! Quando vão duas raparigas loiras a andar muito direitinhas e com as cabeças a rodar para um lado e para o outro como se estivessem a observar tudo à sua volta e a achar tudo maravilhoso só podem ser Elderinas! Passamos as supostas Elderinas e eu olho para trás para ver se o J. tinha razão. Tinha, eram elas. - Vês, mãe, como são elas! DAQUI Elderinas  = Nome que carinhosamente demos aos membros do sexo feminino da Igreja Mórmon.

Aquelas Coisas Pré-Históricas

Estávamos à espera para pagar na bomba de gasolina que o funcionário atendesse um senhor que trocava uma bilha de gás. O J., que observava atentamente a cena, pergunta-nos: - Há quem use estas coisas? Eu, que estava distraída a falar com o pai, pergunto: - Quais coisas? - Coisas como aquela que aquele senhor está carregar... Aquelas coisas são pré-históricas, não são?

O Clube

Entrei para o clube dos "entas", dizem. E o que há por aí, pergunto. Dizem que é diferente dos "intas". Será? Não sei. Sei que a partir de determinada altura nesta vida deixei de acreditar que aqui chegava. Cheguei. Estou cá para o que der e vier, sem medo de envelhecer, a adorar a possibilidade de envelhecer. Quero mais, muitos mais anos.  Que venham eles! Sem medos! DAQUI

É Deixar Alourar...

Eu sei, eu sei, ando desaparecida...  Mas vou voltar! Não abandonei este blogue, juro! Fui só ali fazer uma descida de QI. Mais ainda?, perguntam vocês. Claro, amigos, para lá das loiras estão as loiríssimas e eu fui alourar mais um bocadinho, pois andava a ficar a modos que deprimida (ver vídeo de post anterior, por favor).

A Pílula da Felicidade

Pressa

A pressa de crescer revela-se na urgência da independência que se pensa sinónimo de liberdade. Infelizmente não é. Como se explica isto a um catraio de onze anos sem lhe destruir as ilusões?

Não Gosto de Princesas!

Estava aqui a pensar porque não gosto nada da ideia das princesas e no quanto me irrita chamar-se princesa a tudo o que é menina... Enquanto criança sempre quis ser índia. As princesas pareciam-me sempre demasiado inactivas, não faziam nada senão esperar que os cavaleiros as viessem buscar ao cimo das torres onde alguém as tinha prendido. Já as índias conduziam canoas, andavam a cavalo, costuravam roupas com peles de animais e viviam entre os animais. Tinham uma vida muito mais interessante e, na minha opinião, eram muito mais bonitas. Adorava os cabelos longos e negros, as roupas de cabedal com missangas e franjinhas, as tranças e as penas coloridas. Pelo contrário, as princesas viviam apertadas em espartilhos e passavam os dias em frente ao espelho a pentear uns cabelos demasiado desenxabidos e à espera de um príncipe que nunca mais vinha. Demasiado monótono para quem, como eu, gostava de aventuras e de trepar às árvores e detestava esperar. Se tivesse de escolher entre a vida da

Eu Cá Acho que os Caracóis Gostam de Ser Cozidos Vivos...

...Mas estou em crer que as formigas não gostam de ser pisadas vivas. DAQUI Eh pá, eu cá não gosto nada! DAQUI

Tempo

Vivemos com o tempo desajustado. Vivemos um presente de olhos postos no futuro. Preparamos os filhos para uma vida que virá e esquecemo-nos que eles não são só futuro. São presente e passado.  Idealizamos as fases da vida em tempos estranhos: as crianças serão amanhã; os velhos foram ontem e os adultos são o presente. Presente envenenado.  Roubamos a vida aos velhos e às crianças acreditando que estão fora dos seus tempos. Não estão. Estamos nós. Completamente enganados.