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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2013

Polícias: Essa Escumalha Maldita!

Pegando no caso do polícia condenado a nove anos de prisão pela morte de uma criança que seguia no carro do pai durante um assalto em que este participava (no vídeo abaixo) devo dizer que acho muito bem! O sacana do polícia não devia estar ali, nem perseguir o desgraçado do ladrão, que não estava a fazer mais do que a cumprir a sua honrosa função de ladrão. Um homem que tem a coragem de encetar a nobre tarefa de desprover outrem dos seus bens, que são em excesso com certeza, devia receber uma medalha, não um filho morto que o acompanhou apenas para aprender o louvável ofício do pai. Na minha humilde opinião, o polícia devia era ser linchado em praça pública para aprender a não interromper o trabalho de um criminoso sério. Pensando bem, nem consigo perceber porque é que estas pessoas são autorizadas a andar armadas com pistolas, navalhas, bastões, algemas e afins. A sério, não percebo mesmo! É para andarem por aí a matar crianças filhas de criminosos inocentes? Pior, é par

Convicção

Nós os três a ver a escolha dos jogadores das universidades para as grandes equipas da NBA , no canal NBA, numa gala tipo a dos Óscares... O jogador escolhido para a equipa X levanta-se, leva com um boné na cabeça com E quipa X inscrito, dá abraços e beijos ao pessoal que lhe faz companhia na mesa redonda, onde espera ansiosamente que o chamem, e dirige-se ao palco para fazer umas breves declarações.  Enquanto o J. faz o relato da "coisa", eu digo:  - Olha, estão lá os pais, todos contentes, a dar-lhes beijinhos e abraços! O J. responde: - Um dia vão ser vocês a estar ali!

Televisão #2

Mudámos da Meo para a Zon por causa do canal NBA que o miúdo tanto queria ter. O técnico veio fazer a ligação no sábado e já não consigo ouvir falar aquele "amaricano" nem aquela musiquinha "roscofe".   Pensando bem, a ideia da televisão no quarto não era assim tão má... (Brincadeirinha!) "Mãe, que é mãe, sofre de sorriso nos lábios!" já dizia um espertalhão qualquer que devia ser tudo menos mãe. Oh, I really love this game! Do Google Images

PSP ou MEMEQL

Não, não é a Polícia de Segurança Pública, é mesmo a PlayStation Portable ! Tal como a televisão no quarto, é um alvo a abater, ou melhor a evitar! Ou seja, o meu filho não vai ter!  Pior do que a televisão no quarto, as MEMEQL (Máquinas de Entreter Meninos em Qualquer Lado) são demasiado perigosas!  "Oh, que dramática!", dirão alguns.  Prefiro ser dramática a ter um filho sossegadinho e fechado, permanentemente, num mundinho virtual! "Ah e tal, mas eles ficam entretidos, enquanto temos coisas para fazer!".  Entretidos não, hipnotizados! Prefiro ter um filho que não se cala um minuto, que faz perguntas atrás de perguntas, que cansa, podem crer que cansa até bastante, a ter filho que mais parece um zombie. "Ah, mas são óptimas para eles sossegarem, quando vamos, por exemplo, jantar fora!" Pois... Prefiro mesmo passar o jantar a dizer "está quieto!", "tem calma, que já nos vamos embora!", "não mexas aí!", &

Extra-Terrestre

Filho no quarto a descobrir Vivaldi.  Definitivamente, estou a criar um extra-terrestre!

CAMBADA DE IDIOTAS

Podia, devia, vir aqui, dizer mal do governo. Sim, podia e devia. Talvez isso fosse o mais acertado, o mais correcto, o mais normal. Mas não. Venho apenas "consternar-me". Com o governo, com o país, com este povo. Especialmente com este povo. Somos uma camabada de IDIOTAS! (Desculpem-me se feri susceptibilidades, mas se feri, aviso já que este texto tem uma bolinha vermelha no canto superior direito e se estão sensíveis hoje, voltem cá só amanhã, ok?) Esta camabada de IDIOTAS, que nós somos, é tão execrável que me dá vómitos!  Ouvir o meu homem dizer "vamos embora, vamos embora desta merda de país! Já não aguento mais esta merda de gente!" e ler o desalento nos seus olhos, porque grande parte desta CAMBADA DE IDIOTAS concorda que lhes cortem os braços e as pernas para sustentar uns vampiros que nos querem chupar o tutano para encherem os bolsos de grandes grupos económicos, e que ainda lhes oferecem os restantes membros ao corte em nome de uma invejaz

Adenda à Televisão

Comprámos uma televisão nova, sem que a antiga estivesse estragada, porque, antes, tínhamos comprado um móvel "muita" giro onde "televisões da cauda" não cabiam. Somos tão anormaizinhos que, ao contrário da maior parte das pessoas que compra primeiro a televisão e depois o móvel à medida da mesma, comprámos primeiro o móvel e só depois nos apercebemos que nele havia o risco da televisão cair.  E os totós lá tiveram que arranjar uma sem cauda para que não ficassem com o chão da sala cheio de gente famosa entornada de uma televisão partida e a sala pudesse ficar muito mais gira do que antes. E não é que ficou?

Televisão

- Não tens televisão no quarto?! - pergunta, indignado, um amigo ao J. - Não! - responde ele na boa. Pois não, o meu filho não tem televisão no quarto! "Ah!!!!" Nem vai ter, enquanto o conseguir evitar! "Ah!!!!" Pois...  A televisão é um dos principais causadores do afastamento das pessoas, por isso, enquanto conseguirmos gerir os canais que queremos ver, sem andarmos todos à chapada nesta casa e para que não tenhamos que nos espalhar pelas divisões da casa, só vamos ter uma televisão! Chega bem, e sobra! Aliás, temos a televisão antiga guardada num armário e nem sequer está avariada. Está só guardada. Não precisamos dela!  Imagem  DAQUI Esta é uma luta pessoal. Uma luta muito minha. O pai do J. já me tentou aliciar a pôr a televisão antiga na cozinha, ao que eu lhe respondi com um redondo "NÃO! No way, José!". Ok, até podíamos pô-la no nosso quarto, mas só porque é um óptimo sonífero para mim e evitaria os problemas de costas

Dar Um Tempo

Custa-me tanto ver o meu filho ter dias maiores do que ele... Ele é dez horas de escola e ATL, desporto, banho, TPCs, jantar, o resto dos TPCs e cama tardia, quase todos os dias. E brincar, hã? Dá para arranjar um tempinho para as crianças brincarem? E para não fazerem nada? Não há nem uns minutinhos para não fazer nada, olhar para o ar, ou simplesmente respirar? Porra, que raio de merda é esta que andamos a fazer às crianças?!

Estudar a Brincar

Durante o jantar. - Mãe, depois ajudas-me a estudar? - Estudar? Ou a fazeres os TPCs? - A estudar. Preciso estudar os ossos. - Podemos começar agora. Começa lá a dizer os ossos! - Frontal, parietal, temporais, occipitais. - diz muito rápido enquanto vai colocando as mãos nos sítios onde acha que são os ossos. - Está bem? - Hum, não sei, repete lá! Repete um pouco mais devagar. - Frontal, parietal, temporais, occipitais. - Eh pá, já não me lembro muito bem. Tens a certeza que os occipitais são aí? - ele tinha apontado para o maxilar. - Não.  - Pois... Acho que não são ai. Temos que ver no livro depois do jantar. - Mas eu não tenho cá o livro... - Isso é que está mal. Já não me lembro bem dos nomes dos ossos, preciso ver num livro. Continuámos o jantar com o J. a dizer os restantes ossos e eu, e o pai, a tentar corrigir. O pai foi corrigindo os das pernas e braços e eu lá me safei com os das mãos e pés. Ficaram os da cabeça por verificar. Depois do jant

#23 Músicas Que Entranham

Como é Bom Sentirmos Que Não Estamos Sós

Travar lutas contra o mundo e chegar à conclusão que estamos sós nas nossas opções é difícil. Não, não é difícil, é dificílimo.  Eu e o pai do J. tivemos que tomar uma decisão bastante complicada relativamente ao futuro próximo do nosso filho. Tentámos adiá-la, pensámos em conjunto, discutimo-la, demos voltas e mais voltas, mas acabámos por decidir de acordo com as nossas convicções do que era melhor para ele.  Juntámos esforços e, em conjunto, enfrentámos o mundo, um mundo pequeno, é certo, porque se circunscreve a uma área pequena, mas não um mundo insignificante. Apesar do esforço, a nossa árdua decisão abalou a vida do nosso filho, mexeu com amizades, com ambições, mudou-lhe rotinas e gerou uma data de inimigos, vá lá, opositores. Durante a luta, sentimo-nos balançar, duvidámos várias vezes se estaríamos a fazer o mais correcto: Será que estamos a fazer bem? Será que vale a pena toda esta luta? Será que não o estamos a fazer sofrer desnecessariamente? Será que não teria si

Desumanidade

Uma e cinquenta da tarde.  Os carrinhos de supermercado dos "sem-abrigo já meus conhecidos" são entornados num carro do lixo da CML e uma carrinha-de-caixa-aberta recolhe os carrinhos vazios. Um único sem-abrigo presencia a cena, imóvel, com os pertences que conseguiu salvar ao lado, em silêncio. Não grita, não esbraceja, não refila. Observa a brutidade, o desprezo, a frieza, com que deitam fora o que amealharam. Observa, parado, em silêncio. Eu passo e os pêlos dos braços arrepiam-se-me.  Acabou tudo outra vez para aquela gente. Agora, há que recomeçar o nada do nada, reconstruir a sobrevivência a partir de um novo vazio.  A imobilidade do homem é assustadora. Não luta. Não há força. Há resignação e tristeza. E a frieza é tanta, o desprezo, a brutalidade, que sinto os olhos encherem-se de água... E o arrepio percorrer-me o corpo...  Como é que um sol tão brilhante quanto este que nos ilumina, de repente, deixou que ficasse aqui tanto frio?

Nada Saber

Saber da incapacidade de preencher esse espaço vazio que te atormenta Saber que a forma de amar nem sempre coincide com a que pretendemos ser amados Saber que o meu vácuo se te estende, e magoa Saber da impossibilidade de sair deste quarto escuro e da eventualidade de não te encontrar  Saber que a distância a que me encontro se deve à proximidade do meu fundo Saber que viver para dentro nos faz perder o que nos toca E nada saber