Em conversa pré-sono digo ao J. que me dói o braço direito por causa do raio do rato do computador.
- Queres que te faça uma massagem? - pergunta.
- Sim, boa! Gosto muito das tuas massagens!
Começa a massajar-me o braço com dedinhos cuidadosos.
- Hum, que bom! Já me dói menos! És muito bom a fazer massagens! Não queres ser massagista quando fores grande?
- Oh não, então eu ficava a dar massagens enquanto os outros iam jogar?
- Jogar?
- Sim, basquete. Eles jogavam e eu dava massagens?! Tinha muita graça, tinha!
(Quem é frequentador habitual aqui do tasco já conhece o desejo do J. em ser jogador da basquetebol quando for grande. Quem não é habitual, pode espreitar AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI)
- Mas podias, pelo menos, fazer um workshop de massagens para fazeres massagens às tuas namoradas e... à tua querida mãezinha.
- Olha, até podia tirar um curso... - pensa um bocadinho sobre o assunto - Não há cursos desses para crianças?
- Não, só há para maiorzinhos.
- Para que idades?
- Lá para os dezasseis anos... Por isso, ainda vou ter que esperar muitos anos para me fazeres massagens como um profissional.
- Para os catorze não há?
- Não sei, talvez. Mas mesmo assim ainda vou ter que esperar seis anos.
- Seis anos?! Cinco! Mãe, não és mesmo nada boa a matemática.
- Pois... tens razão. Fiz as contas como se ainda tivesses oito anos. Ainda não me habituei aos nove.
- Eu também não. É estranho ter nove anos! Já passaram tantos anos!
Faço contas à minha idade.
- Bem, não foram assim tantos...
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Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...