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Quando chegou a altura do J. ir para a escola, pensámos muito em que instituição o havíamos de matricular. Se teríamos capacidade para o inscrever numa escola que leccionasse um ensino alternativo que não fosse o oferecido pela escola pública.
Não tenho nada contra as escolas públicas, antes pelo contrário, gosto delas por permitirem que uma grande heterogeneidade de pessoas se encontrem e contactem, ensinando as crianças a lidarem com um grande leque de personalidades, modos e filosofias de vida.
Acho a maior parte das escolas particulares demasiado elitistas, longe da realidade e cheias de meninos mimados que saem de lá sem terem, praticamente, nenhum contacto com pessoas diferentes deles.
Quando pensámos em matricular o J. numa outra escola, que não a pública, foi essencialmente porque não gostamos do sistema de ensino, porque este não valoriza as características individuais de cada aluno e, especialmente, porque este não ensina as crianças a pensar e apenas as incentiva a decorar conceitos sem que haja a necessidade de os entender.
Pretendíamos que o J. frequentasse uma escola que lhe abrisse os horizontes, que lhe desse um panorama das escolhas que ele poderia fazer tanto profissionalmente, como culturalmente, mas que não o fechasse numa redoma de vidro que o excluiria da realidade.
É óbvio que não encontrámos a escola dos nossos sonhos. Ela não existe senão nas nossas cabeças, por isso optámos por ele frequentar a escola pública e tentamos que sejamos nós a abrir-lhe os horizontes, dando-lhe a conhecer a maior oferta cultural possível, através de exposições, teatro, música, vistas a monumentos, a museus e a outros países, proporcionando-lhe diferentes experiências que vão desde a cozinha internacional até aos rituais e costumes de cada cultura.
Confesso que não tem sido fácil, pois é preciso ter algum dinheiro para usufruirmos de algumas dessas ofertas, mas tem sido muito recompensador, pois o J. valoriza a sua experiência de vida, orgulhando-se de conhecer e apreciar coisas que a maior parte das crianças da sua idade nem sonham que existem.
Não desejamos, com isto, criar um menino-prodígio, queremos apenas mostrar-lhe o mundo e dizer-lhe que pode seguir o caminho que quiser, sabendo que existem imensos por onde pode enveredar. Talvez lhe estejamos a dificultar a escolha, porque quando temos apenas dois caminhos é mais fácil escolher do que quando temos inúmeros, mas pensamos que a escolha, ou escolhas, que fará será em consciência e não por desconhecer que existem outras hipóteses. E o mundo não será, para ele, um lugar estranho, mas um lugar familiar em que se sentirá em casa e onde se poderá mover sem medos.
Pode parecer-vos que sou uma sonhadora e com ideias demasiado utópicas... Provavelmente, estão certos!
Pois a mim as tuas ideias parecem-me bem assentes na terra!
ResponderEliminarTomara possa vir a fazer algo semelhante pelo Salvador.
Beijo grande
Pois acabaste de descrever aquilo que eu tenho em mente para a educação do meu filho.
ResponderEliminarFoi isso que a minha mãe fez comigo, abriu-me os horizontes além do que ensinavam na escola, e incutiu-me o pensamento e a escolha por mim mesma.
Ela foi fundamental nisso!
Pretendo mostrar isso ao meu filho da mesma forma, mas talvez com outros métodos e recursos, claro!
Um bom ponto de vista e que concordo em pleno, pois somos nós que os instruimos dentro de casa, com cultura e ensinar alguns aspectos basicos da vida.
ResponderEliminarOptei este ano de colocar o Afonso numa escola publica, era insustentavel pagar uma mensalidade tão elevado a uma creche que é compraticipada... IPSS, e foi o melhor que fizemos, desde que saiu da creche notou se logo um desenvolvimento intelectual e de aspecto sociais.
Sempre que posso e tenho disponivbilidade financeira levo ao Teatro, Cinema, Exposições umas das Paixoes do Afonso são livros e Puzzles e jogos didacticos.
Abrir horizontes para logo desde pequenos saberem deterninadas questões que pra o seu futuro são essenciais.
Bjstos
As tuas ideias até sao boas e nada utópicas, pois eu como docente que fui durante 32 anos partilho contigo , mas.... e como há sempre euma mas.... o curriculum nacional é igual para todas as instituições de ensino, os manuais sao iguais ,só a metodologias, as estratégias é que mudam, bem como a dinâmica da sala de aula de resto minha doce amiga pensadora resume-se a cumprir o manual e o pois ele está de acordo com o currículo nacional nosso missal dentro da escola
ResponderEliminarkis .=)
Benedita,
ResponderEliminarClaro que podes!
Beijinhos
Naná,
A minha mãe também contribuiu muito para eu pensar assim.
Bjs
Abspinola,
A escola é óptima para as relações sociais deles, especialmente a pública, disso não há dúvida, mas, como dizes, o nosso contributo enquanto pais é fundamental.
Bjs
Avogi,
A minha mãe também é professora e eu sei a ginástica que precisou fazer para tentar inovar e tornar atraente os programas que lecciona.
Bjs
Escola pública sempre!!!
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