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Mensagens

A mostrar mensagens de 2012

A Selva

Cometi a insanidade de ir às compras ao Continente em dia de Passagem de Ano. Eu, confessa apaixonada por compras, que se puder delegar essa tarefa a outrem dou saltinhos de alegria, vi-me sozinha e indefesa a aterrar em plena selva consumista. Desde levar com encontrões distraídos dos chimpanzés saltitões, passando por ver hienas a atravessarem-se-me no caminho de braço estendido em direcção a uma qualquer iguaria tradicional da época (enquanto eu, alheia a tanta selvajaria, contemplava uma prateleira) até ter que me proteger de leões ferozes, de pá em punho, a escavarem a arca dos camarões congelados, como se não houvesse amanhã, aconteceu-me de tudo! A vontade de fugir era tremenda. Estive quase a jurar que a minha Passagem de Ano ideal seria a comer cereais ao som das doze badaladas e que festejar o primeiro dia do Ano com uma caneca de leitinho com chocolate nas mãos. Esta seria a entrada no Ano Novo perfeita... Só a consciência da maternidade me impediu de sair dali para

2013

Podia vir para aqui fazer uma revisão sobre o este ano que está, agora, a acabar e que teve mil e uma coisas más, especialmente neste país pequenino e triste que, cada dia que passa, fica mais triste. Mas não a vou fazer.  Porquê? Primeiro, porque não me apetece. Segundo, porque todos nós a vamos fazendo mentalmente, numa retrospectiva intencional ou... nem tanto assim...  Quero apenas deixar-vos os meus votos sinceros de um óptimo Imagem do Google  com tudo o que vos  FIZER FELIZ!

Ar Puro

No carro: - O que se passa J.? A avó disse que não falaste quase nada, nestes dias. - Não se passa nada. - Mas tu és tão falador... E agora quase não falas... Passa-se alguma coisa? Se se passar, sabes que podes dizer, não sabes? - Não se passa nada! - Mas sabes que, se se passar, podes dizer, não sabes? - Sei! - Falar é bom, ajuda os problemas e as coisas que nos chateiam a irem embora! - Eu sei! Alguns minutos de silêncio... - Eu não estou a gostar da minha vida agora! - Não? Então? Porquê? - Este mundo não vai durar muito tempo! O buraco está cada vez maior e as pessoas não se importam... - Qual buraco? O do ozono? É desse que estás a falar? - Sim! As pessoas não fazem nada para não estragarem o planeta e, assim, ele não vai durar muito tempo. - Ainda falta algum tempo para o mundo acabar... E as pessoas, algumas pessoas, já fazem alguma coisa para preservar o planeta. - Sim? O quê? - Separam os lixos, inventam carros que não poluem tanto... -

Apetecia-me Escrever...

Sim, apetecia-me escrever qualquer coisa aqui, mas não consigo. Ando bloqueada, vazia talvez. Por mais que esprema, não sai nada, apesar do turbilhão de emoções em que tenho vivido. Choro por tudo e por nada. Especialmente, por nada. O nada invadiu-me, e ocupou o espaço que estava reservado à minha vontade de criar... de criar qualquer coisa, nada de especial, nenhuma obra de arte, mas aquela vontade de criar por criar, que vem associada às inquietações, às indignações e às sensações boas também. Sabem de qual estou a falar? Sabem, claro que sabem.  E o vazio... O vazio que se instala a partir do nada é aterrador! Quero sair de mim e ir ali encher-me de qualquer coisa... mas o espaço está todo ocupado... de nada. E não consigo... Melhores dias virão. Assim espero...  Imagem  DAQUI

Humanidade

Cliclar na foto para aumentar Descaradamente roubada da página   Depósito de Tirinhas   no Facebook

Feliz Natal!

Só tratei das prendas e montei a árvore de Natal ontem, mas parece que ainda vou a tempo de festejar o Natal e de desejar, aos seguidores, leitores ocasionais e àqueles que caem neste blogue de pára-quedas, através de uma qualquer pesquisa no  Google,  como por exemplo " Macacos do Nariz ", um: Imagem retirada da Internet

Gatinho Zen?

Como sabem, o  Gatossoa  cá de casa sofre de  Stress Felino , problema este que o tem martirizado com infecções urinárias consecutivas e que nos tem martirizado, a nós, com as suas asneiradas e os seus comportamentos agressivos.  Para as infecções urinárias, a veterinária já optou por mudar a marca da ração-especial-de-corrida para uma mais cara, sem que isso alterasse alguma coisa. Quanto ao comportamento só melhorou, um bocadinho, quando ele veio para casa ainda sob o efeito da anestesia que lhe deram para conseguirem fazer-lhe uma eco. Nesse dia, o Gatossoa era um doce: não nos mordia nem arranhava e ronronava como um motorzinho em pleno funcionamento. Sugeri à veterinária que lhe receitasse um dose pequena de anestesia, que ele tomasse todos os dias, para que conseguíssemos viver em paz. Claro que ela negou terminantemente tal solução. Mas teve uma ideia que, espero, talvez seja brilhante: mudar a ração-especial-de-corrida para as infecções urinárias, para outra ração-especial

Telenovelas

Em casa da avó a ver uma telenovela, cujo nome desconheço... Cena um Uma fulana coloca um líquido (veneno ou sonífero) na bebida de um fulano. J.- É por isto que eu não me interesso muito por mulheres! Avó - Por isto porquê? J.- Elas envenenam os homens! Avó, em defesa das mulheres - Não são só as mulheres que envenenam os homens. Os homens também envenenam as mulheres. São pessoas más, que podem ser homens ou mulheres! Cena dois Um homem fala ao telefone, deitado na cama com outro homem. J.- Ele é homemsexual? Avó - Homossexual. Sim, é! J.- Ele está a fazer sexo com o outro homem? Avó - Não, agora está a falar ao telefone! J.- Mas ele está todo nu, só com o lençol por cima... Ele fez sexo com o outro homem? Avó - Se calhar fez... Mãe, em pensamento, quase implorando - Não perguntes como, não perguntes como, não perguntes como.... Cena três Um homem e uma mulher estão aos beijos. Este é o fulano que foi envenenado/dopado pela fulana. Ele bei

A Obra de Arte

- Mãe, porque é que tu gostas de tudo em mim? - Porque tu foste a melhor coisa que eu já fiz até hoje! - Tu e o pai! - Sim, eu e o pai. Foste a nossa obra de arte! - Pois... O pai fez a tela, os pincéis e as tintas e tu fizeste o desenho! Imagem retirada da Internet

Olhó Desafio Fresquinho!!!

A  Lost Lenore  passou-me este desafio, que consiste em incentivar a leitura, através da apresentação de um livro de que tenhamos gostado. Como na maioria dos desafios, devemos passá-lo a 10 outros blogues. Mas como a minha indisciplina já é bem conhecida por estas bandas, ninguém se irá espantar se eu não o passar a ninguém em particular, mas a todos em geral. Por isso, quem estiver a ler este  post  considere que lhe passei este desafio. Pronto, está passado! Agora, vamos ao livro: Quarto livro de crónicas   do António Lobo Antunes. "E porquê o quarto e não o primeiro ou o terceiro?" perguntam-me vocês. Porque eu não li o primeiro, nem o terceiro, só li mesmo o quarto. (Se não souberem o que me vão dar no Natal, podem aproveitar a deixa, ok?)  Este  Quarto livro de crónicas  marcou-me para toda a vida! Todas as crónicas deste senhor são maravilhosas, tanto pela forma como as escreve, como pela profundidade das suas palavras. Ele é acutilante, suave, terno

Dos Castigos

Já disse aqui que não gosto de castigos? Acho que sim. No entanto, penso que nunca será demais repeti-lo: Não gosto de castigos! Não gosto de castigos corporais, psicológicos, ou mistos! Não gosto de castigos na sua generalidade, pronto! E detesto punições! Por isso, ainda detesto mais castigos aplicados como forma de punições. Não admito que se castiguem/punam as crianças por errarem. Errar faz parte da aprendizagem. Errar é a parte mais importante da aprendizagem. Quem não erra não aprende, decora. É do erro que nascem as dúvidas, e quem não tem dúvidas não tem interesse em aprender. Não se pode destruir o berço da curiosidade, do gosto de aprender. Se se o destrói, destrói-se também a capacidade de aprendizagem. Quem utiliza os castigos para punir os erros, não sabe ensinar; não quer alunos, quer máquinas! O mal, aqui, não está em quem aprende, mas em quem ensina. Se seguirmos a mesma lógica de quem castiga o erro, seriam esses "professores" que deviam ser

Mammy - A Politicamente Incorrecta

Imagem  DAQUI Por mais que se esforce, não consegue ser politicamente correcta. Na verdade, não se esforça assim tanto... Esta época natalícia é muito atreita a politiquices disfarçadas de espírito natalício, de bondade, de solidariedade ou de outras qualidades associadas a corações grandes. Se por um lado, promove algumas boas acções, por outro, também promove algumas hipocrisias desmedidas. O coração, desta minha pessoa, apesar de grande (deve ter aproximadamente 20x25 cm, dada a sua constituição física ser acima da média) não consegue comportar falsos sentimentos, fica-se pelos verdadeiros, que já o deixam meio arrebatado. Assim, os comportamentos "politicamente correctos" não se aplicam a esta pessoa, e ela, em certas ocasiões, acaba por personificar a incorrecção. Especialmente, quando a tentam asfixiar com politiquices. Este facto, fá-la passar a ser persona non grata em determinados ambientes, mas sinceramente este não é um motivo para que passe a ter

#13 Músicas Que Entranham

Resquícios da Quimio

Quando fiz quimioterapia, o J. tinha entre um e dois anos. A minha vinda dos tratamentos implicava ter a avó cá por casa a ajudar o pai a tratar de mim e dele, ver-me sempre na cama em sofrimento ou mal-estar, ser a avó a levá-lo ao infantário no dia seguinte e ser ele a ir dar-me um beijinho, tanto de boa-noite como de despedida de manhã. Ontem, cheguei a casa com um torcicolo tal, que não conseguia fazer nada sem ajuda. E nada, quer mesmo dizer nada, inclusive virar-me na cama.  A minha dor e sofrimento, assustaram o J.! Ver a mãe deitada, a avó por cá a ajudar-me e o pai a tratar dele sozinho, e também de mim, devem tê-lo reportado para aqueles seis meses, que eu pensava que não lhe tinham deixado grande mossa por ser tão pequenino. Mas, na verdade, eles ficaram lá meios adormecidos e arrumadinhos numa qualquer gaveta do seu ainda pequeno cérebro, mas lá. E resolveram reaparecer agora.  O J. deu-me muitos beijinhos, só queria a mamã, perguntou-me várias vezes se ainda me doí

Orelhudo

Tenho acompanhado a história da  LUNA , desde o dia em que o Bagaço Amarelo nos informou que ela tinha desaparecido, até ao dia do seu reaparecimento. Este desaparecimento fez-me viajar no tempo nove anos, quando o Orelhudo desapareceu. O Orelhudo era um cão, que me apareceu à porta de casa, quando eu vivia no campo. Chegou com uma coleira de arame, cheio de medo de tudo e de todos, até do ar. Quando o vi tentei aproximar-me para lhe dar uma festa, mas ele não me deixou sequer chegar perto. Fugiu de mim. Então, resolvi arranjar um recipiente com água e outro com comida, e afastei-me. Fiquei à "coca" para ver se ele ia comer. Foi, mas apenas depois de me ver bem longe.  Passei a dar-lhe de comer todos os dias, sem me aproximar muito para não o assustar. Nessa altura, a égua vivia comigo, numa boxe ao lado da casa, o que quer dizer que era eu quem tratava dela, e tratar dela significava, também, limpar a boxe.  À medida que o tempo foi passando, o Orelhudo come

Um Marado, Convicto Que Podia Mudar o Mundo, Chamado Jesus

Como sabem não sou crente. Não acredito em deuses, nem em diabos, não me identifico com qualquer religião, por mais bonita que ela se enfeite, mas, apesar de poder parecer-vos estranho, acredito que, um dia, existiu este marado, convicto que poderia mudar o mundo, chamado Jesus. E acredito nisso, não por ter tido uma educação religiosa ou por me terem impingido versões demasiado fantasiadas da coisa, mas porque tenho noção que este mundo nunca esteve perto da perfeição, ou de ser um lugar idílico, e porque, felizmente, sempre foram aparecendo, ao longo da História, alguns loucos que achavam que poderiam mudar alguma coisa, por mais pequena que ela fosse, e porque talvez eu também tenha, ainda, uma réstia de esperança que há coisas que se podem mudar, se acreditarmos nelas com muita força. E acredito na história de Jesus, tal como acredito na história de Galileu, Darwin, ou de qualquer outro louco que enfrentou o mundo de frente e de peito aberto.  Mas a minha visão da história del

A Minha Teoria Sobre As Pedradas e As Bastonadas

Só alguns dias passados sobre os acontecimentos, consigo reflectir com a necessária clareza de espírito para articular uma teoria sobre tudo o que se passou em frente à Assembleia da República, naquele dia fatídico das pedradas e das bastonadas. Depois de muito ler, ver, ouvir, conversar e tentar compreender, já sem o calor da emoção, me atrevo a escrever o que penso sobre este assunto. Lembro-vos que eu sou pela Teoria da Conspiração, e alerto-vos para este facto, porque no final pode parecer-vos que sou uma louca paranóica, por isso não se assustem, ok? Assim, aqui vai: Segundo me parece, as pedras foram atiradas aos polícias maioritariamente por putos que passaram o dia a beber uns copos, que gostam de arranjar merda em todo o lado, que adoram parecer bad boys em fúria, e por pessoal (putos, ou não) que estava lá apenas para "avacalhar" qualquer digna tentativa de contestação. O reais manifestantes, quando se deparam com tamanha selvajaria têm atitudes va

Vou Contar-vos Um Segredo #5

Sabem porque é que tenho andado um pouco desaparecida por estas bandas? My Baby já chegou, por isso... Imagem retirada da Internet ... tenho andado a namorar!

#12 Músicas Que Entranham

Estas músicas pertencem à banda sonora do filme Jesus Christ Superstar,  compilada num CD duplo maravilhoso. Este foi o meu primeiro CD e ainda o oiço vezes sem conta... Por favor, atentem a estas três músicas! Tão extraordinariamente actuais, e lindas, lindas demais!

#11 Músicas Que Entranham

"Já Não Gosto de Ti!"

Ouve-se uma mãe dizer à filha pequenina de três anos: - Se não dás um beijo à tia, já não gosto de ti! - Pois, as meninas, que não dão um beijinho às tias, são feias! - reforça a tia. "Já não gostas de mim, mãe? E então, para onde foi aquele amor incondicional que ainda há bocadinho sentias por mim? Isto do amor é assim? Tão depressa se ama, como se desama? E tu, tia? Estava, mesmo agora, tão linda com este vestido, mas, só por não querer dar-te um beijo, já sou feia? Buááááá!!! Não quero que não gostes de mim, mãe! Não quero ser feia, tia!" Porque se fazem estas chantagenzinhas emocionais com as crianças? Porque se põem em causa coisas tão importantes quanto o amor parental? Porque se lhes dá a entender que a beleza delas se esfuma com um mero comportamento menos cordial? Porquê? Imagem retirada da Internet

Escarafunchar as Entranhas

Ao longo dos anos, tenho visto crescer em mim um fascínio pelo ser humano. Se há alguns anos, era muito penoso relacionar-me com pessoas, esta tendência tem vindo alterar-se lentamente, mas mesmo assim, a alterar-se. Para mim, a relação com os animais é mais do que um simples contacto entre Homem e Animal, pois eles são a minha ligação à terra, são a minha fonte de paz e são quem me faz sentir em plena comunhão com a Natureza e com a vida. Nunca tive muita necessidade em me ver cercada de pessoas, preferia tê-las suficientemente longe para que não importunassem a minha paz com a sua desconcertante complexidade. Sinto-me em casa no meio de um pasto rodeada de cavalos, ou dentro de uma boxe, deitada na palha, desfrutando o silêncio que é apenas interrompido pela respiração do animal e pelo bater dos cascos no chão, num enxotar de moscas constante. Vivo um passeio a cavalo pelos montes, como quem tem apenas aquele instante para respirar, e respiro, inspirando a beleza que os meus o

O Bichinho d' "Os Cinco"

Imagem retirada da Internet Há já algum tempo, comprei um livro d'  Os Cinco e um d'  Uma Aventura para que o J. começasse a ler livros diferentes do costume. Na realidade, ele não lhes ligou nenhuma. Leu um bocadinho de cada um, mas nunca mais lhes pegou. Até hoje... Hoje, resolvi começar a ler-lhe o livro d'  Os Cinco . Li-o a partir do segundo capítulo, porque ele já tinha lido o primeiro. Quando acabei de ler o capítulo, ele diz: - Mãe, não pares de ler! Lê o próximo! Quero saber como é o preceptor deles! E lá lhe li o terceiro. - Agora, vamos dormir! - Oh não, não pares! Quero saber se eles encontraram uma passagem secreta! - diz, todo ansioso. - Tens que dormir. Amanhã, lemos mais! - Então, põe o livro na minha mochila, pões? - Sim, ponho. - Quero saber o fim. Oh, que chatice ter de esperar até amanhã! - Pois... Eu tinha-te dito que estes livros eram assim, com suspense até ao fim. Eu, quando os li, li-os todos de seguida, e eles são vinte e três.

#10 Músicas Que Entranham

Das Bastonadas

Tenho lido e ouvido por aí, leia-se Facebook e televisão, relatos de gente indignadíssima com "os polícias que batiam em toda a gente sem verem se eram homens ou mulheres!" Sem verem se eram homens ou mulheres??? Vivem em que século, hã? Expliquem-me lá qual é a diferença em baterem em homens ou em mulheres, se fazem favor! Que fiquem indignados por baterem nas pessoas em geral, até compreendo. Ou por baterem em crianças e velhinhos(as) indefesos, ainda compreendo mais, precisamente por serem indefesos. Mas em mulheres?!?! Por favor, já não somos nem indefesas, nem nenhumas donzelas à espera que os príncipes encantados nos venham salvar!

Acne Juvenil

Hoje, após a história da noite, estou a dar umas festinhas na cara do J. e digo-lhe: - Estás com umas borbulhinhas aqui na cara! - Estou? Não estou nada. - Passa lá a mão aqui... - Ah, pois estou! Se calhar são daquelas dos meninos grandes... - Quais? - Aquelas que os meninos grandes costumam ter! - O quê? Borbulhas da puberdade? - Sim! - responde, sem conseguir esconder o orgulho. - Ehhhhh! Não, J., ainda é muito cedo para isso. - Mas podem ser, não podem?- pergunta, esperançoso. - Não, ainda és muito novo para teres borbulhas dessas! - Ohhh! - Porquê? Gostavas que fossem? - Eh eh eh eh! Sim! Porque é que eles têm essas borbulhas todas? - É da transformação do corpo... São as hormonas que, ao trabalharem mais, dão esses problemas de pele, a que se chama acne juvenil! - Acne juvenil?! Tu também tiveste dessas borbulhas? - Tive! - E apareciam-te nos braços, nas pernas, na cara? - Não, só aparecem na cara. A mim, apareciam-me mais na testa! - Ehhh

Os Porcos

Prezados leitores, começo   por vos pedir desculpas, por este ser um post  repleto de desprezo explícito, onde poderão encontrar palavras menos agradáveis e, até, portadoras de um certo azedume. O desprezo não será por vocês, claro, mas por uma espécie que me causa uma certa espécie. Devo informá-los que o post é propositadamente ofensivo, pois contém em si o nojo, de dimensões planetárias, que nutro por certos animais. Feitos os necessários esclarecimentos, aqui vai: O porco é um animal que me agrada pouco. Hoje em dia, já quase não faz parte da minha alimentação. Como-o, sem grande satisfação, se não tiver mais nada para comer e alguma fome.  Este animal roliço de quatro patas, nariz a imitar uma tomada eléctrica e cauda em forma de saca-rolhas  até é razoavelmente suportado por mim, especialmente, porque não me cruzo com ele todos os dias, e se me cruzasse, o máximo que o poderia ouvir dizer seriam uns " oic, oic" ou "ronc, ronc". Pelo contrário,

Ainda a Merkel... E Agora a Sério...

Não acho que a Merkel seja culpada do que estamos a viver hoje, neste país. A culpa é nossa! É nossa por termos elegido, ou deixado que fosse eleito, um governo que põe a aparência  de bom aluno perante a Alemanha e o resto da Europa, à frente do bem-estar do seu povo; É nossa, porque continuamos a deixar que nos atirem com mais austeridade, a cada dia que passa; É nossa, porque só nos manifestamos quando já estamos com a corda ao pescoço, e paramos de nos manifestar assim que nos dão um rebuçado; É nossa, porque não nos conseguimos definir enquanto povo uno, e nos culpamos e batemos uns aos outros, mal achamos que podemos tirar daí algum proveito próprio; É nossa, porque, apesar de tudo, gostamos sempre de agradar mais aos estrangeiros do que a nós próprios; E é nossa, porque só sentimos, realmente, que temos algum valor, quando é alguém de fora que o diz. E a Merkel? A Merkel está a defender os interesses do seu país, está a tentar assegurar que ele continue a ser uma das grand

Angela Merkel em Portugal

Amanhã, teremos a visita da Angela Merkel. Que tal aceitarmos uma destas sugestões do Ricardo Araújo Pereira para a recebermos?

A Casa do Azeite

Ela veio do sul. Carregada com uma mala cheia de paixões desastrosas, tristezas, amarguras, dúvidas e sonhos, partiu para uma terra desconhecida em busca da realização profissional, e de um caminho que a levasse à sua construção enquanto pessoa, à sua identidade. Com dezanove anos, 12º ano completo e provas específicas feitas em cima do joelho, recuou três anos no seu percurso académico em busca de um sonho. Amargurada pela indecisão, quanto ao que queria fazer na vida, decepcionada com o meio citadino, escolheu um refúgio rural, onde estivesse rodeada de animais, ar puro, céu e planícies infinitas.  Ele veio do norte. Carregado com uma mochila de incertezas, pureza e juventude, partiu atrás dos resultados dos testes psicotécnicos, feitos recentemente: trabalho ao ar livre.  Ele tinha apenas dezasseis anos, um 9º ano completo à custa de muita insatisfação, uma vida familiar pouco calorosa e um desejo enorme de liberdade e, repleto de sonhos. Ele desceu e ela subiu, para se

#9 Músicas Que Entranham

Esta música é para ti, que estás aí nesse outro lado do mundo. Em memória das noites e dias seguidos que passámos ao som deste, e de uns outros tantos CDs, que tocavam ininterruptamente, enquanto nós descobríamos de que é que era feito o amor. 

Gay Pride???

Começo já por avisar, antes que me comecem a atirar pedras, que tenho tanto de homofóbica, quanto de racista, ou seja, nada! Tenho amigos de todas as cores e feitios: Uns são brancos, outros são pretos, outros são amarelos às risquinhas; Uns são homossexuais, outros são bissexuais, outros são heterossexuais; Tal como uns preferem peixe, outros adoram carne e ainda outros são vegetarianos; Ou uns têm filhos por opção e outros não têm, também por opção; Ou uns gostam de sair à noite e outros preferem ficar em casa aos serões; Ou uns apreciam passar férias na praia, outros no campo e outros na cidade; Ou  ainda, uns são de esquerda, outros de centro e outros de direita.  Na verdade, não sou daquelas pessoas que têm muiiiiitos amigos. Tenho alguns, poucos, mas variados. Em nenhuma ocasião, "escolhi" amigos baseada nas suas opções de vida ou preferências. Tal como o amor, a amizade ou acontece, ou não acontece.  Para mim, os meus amigos serem gays, lésbicas, ou bissexua

Hey...

Hoje, vinha aqui falar-vos de homo, bi e heterossexualidade... Mas fica para amanhã! Entretanto, vai uma musiquinha?

Da Amostra ao Universo, Passando Por... Uma Passadeira

Imagem retirada da Internet! Como sabem, tenho-me dedicado à observação da espécie.  Tal Charles Darwin, em pleno século XIX, tenho observado a espécie de forma atenta e analítica. O problema é que, pertencendo eu à espécie observada, não sou totalmente isenta nas minhas análises. No entanto, aventuro-me, na mesma, a este exercício.  Já vos disse que sou uma aventureira? Não disse? Pois... Na verdade, não sou nada aventureira!  Seria incapaz de subir o Evereste. Tenho cagufa, muita cagufa!  Mas na minha cabeça, já subi muito mais alto do que o Evereste, já subi até vários Everestes, e tenho pretensões de continuar a subir muitos mais. É por ter esta capacidade de subir Everestes, dentro do meu cérebro (tal João Garcia a escalar massa cinzenta pegajosa) que me aventuro na observação da minha própria espécie. Por isso, e  por ser esta, por mais incrível que pareça, a espécie que me é mais estranha.  Com este estudo, pretendo ir, aos poucos, desvendando alguns dos eni

Ah Ah Ah Ah Ah!!!

Hoje, fomos ver a exposição do  Riso  e gostámos bastante. O J. ficou em frente de uma televisão onde passavam imitações de vozes de figuras públicas, protagonizadas por vários actores conhecidos, e não queria sair de lá. Estava fascinado! As suas preferidas foram a do Bruno Nogueira, a do Duque de Bragança e a do Barack Obama.  Pudemos ver alguns sketches dos Gato Fedorento, do Mister Bean, dos Monty Python e ele, finalmente, pôde conhecer, ao vivo, os seus "senhores que mexem a cabeça", leia-se "bonecos do Contra-Informação ". Vale a pena ir visitar esta exposição. Além de nos dar perspectiva diferente sobre o riso, também tem alguns ateliers de fim-de-semana e  workshops para crianças, adultos e famílias, que me parecem interessantes. E as entradas são gratuitas! Dêem lá uma espreitadela  AQUI .

Mãe, Tu Já Tiveste Um Cancro?

Pela primeira vez, o J. fez-me esta pergunta directamente e eu respondi-lhe tão directamente quanto ele perguntou: - Já! Já tínhamos falado, anteriormente, sobre cancros, especialmente sobre o da mama que é o mais divulgado na televisão. Também já tínhamos falado sobre a cicatriz que tenho no pescoço e que foi feita por me terem retirado um gânglio para análise.  Ontem à noite, nas nossas conversas pré-sono, ele quis saber mais.  - Onde? - perguntou. - No sistema linfático. Tive um linfoma. - Toda a gente tem?  - O quê? - Sistema linfático. - Sim. - E o que é? - É tipo o sistema circulatório, só que lá circula a linfa, que tem as defesas do organismo, os glóbulos brancos. - E onde está? - Circula por todo o corpo. - Como soubeste que tinhas um cancro? - Apareceram-me umas bolinhas no pescoço. Uns gânglios maiores do que o costume. - Onde é que há mais cancros? - No pulmão, nos intestinos, na mama, no fígado, no pâncreas. Há quase em todo o corpo.

#8 Músicas Que Entranham

Vou Contar-vos Um Segredo #4

Mas vou dizer muito baixinho, quase em surdina: Às vezes, vejo a Casa dos Segredos . Vá lá, não se vão já embora! Vejo a Casa dos Segredos , numa perspectiva analítica.  Está melhor assim? Quero tentar entender o que estão aquelas pessoas a fazer dentro de uma casa, onde vivem às ordens de uma voz, que as manda fazer as coisas mais vis e de baixo carácter, que já pude contemplar num programa de televisão, recebendo em troca a vida enxovalhada nas revistas e troças intermináveis por parte da apresentadora do programa e do púbico em geral.  Tornarem-se marionetas nas mãos da produção de um programa televisivo, e da opinião pública, em troca das suas vidas desfeitas, é assustador, se atendermos à psicologia da coisa. Acreditam que, por muito que me esforce, não consigo compreender? Será que aqueles meninos e meninas acreditam mesmo que vão ter uma carreira brilhante, quando saírem, e  depois de tudo aquilo o que permitiram que lhes fizessem e o que se propuseram a fa

Revisitar o Membro Que Partiu

Já passaram dois meses desde que a égua partiu. O tempo passa a correr. Tenho saudades do cheiro dela...  Como o das pessoas, o cheiro de cada cavalo é único. Uns cheiram mais a palha, outros ao couro dos arreios, outros a ração, outros a feno, outros ainda a estrume. E há os que cheiram a tudo isso junto!  A minha égua cheirava tanto... a ela.  Se me vendassem e me dessem 100 cavalos para cheirar, acredito que reconhecê-la-ia imediatamente. O cheiro da sua pele era um, o da respiração outro, mas completavam-se num único, no DELA. Deixei as botas que calçava no dia em que ela me deixou, sujas na varanda, durante quase todo este tempo. Só para lhes sentir o cheiro, o dela, quando por lá passava. Queria perpetuar a sua presença através do cheiro. Queria senti-la ainda viva, ali, nas botas. Há pouco, limpei-as e calcei-as de novo. Desde então, não calço outra coisa. E há pouco também, comecei a sentir uma enorme vontade de voltar a montar a cavalo.  Já não monto há sé