É verdade, esta história de se ser mãe não é nada fácil, não só porque temos que dar o nosso melhor na educação dos filhos, mas também porque temos que lidar com uma grande variedade de pessoas que interagem com eles.
Quando nos deparamos com alguém que não se segue pelos mesmos padrões educativos que nós, a coisa fica muito complicada e piora quando essa pessoa têm um papel importante na formação dos pequenotes.
Assisti a uma dose de ressentimentos, expelidos por uma boca cheia de incompreensão do que eu sou enquanto mãe, convencida que estava repleta de sapiência ...
É doloroso para uma mãe, que se esforça tanto por gerir os elogios que dá a um filho, para que este não perca a auto-estima, com os desapontamentos que ele tem que viver para que se torne mais forte, ouvir dizer que é aquele tipo de mãe permissivo ao ponto de estar criar um pequeno ditador. Ainda mais, quando a pessoa que profere estas palavras não sabe do que está a falar por, simplesmente, se negar a tentar perceber a complexidade da situação em que a mãe teve que colocar o filhote debaixo da asa.
As regras existem dentro desta casa desde sempre e têm uma importância tal, que tivemos que as tornar mais flexíveis, pois estavam a carregar o meu filho de frustração ao ponto de ele explodir à mínima contrariedade e o estarem a tornar numa criança triste. No entanto, elas não deixaram de existir, continuam a ser as directrizes para um crescimento saudável e a ser respeitadas criteriosamente, apenas adquirindo uma maior margem de manobra.
O meu filho é das crianças mais respeitadoras das regras instituídas, ao ponto de respeitar uma dieta equilibrada mesmo quando lhe damos a oportunidade de dar uma "facadinha" na mesma e apesar de adorar doces e guloseimas. No entanto, só respeita as regras que lhe são explicadas. A autoridade isolada, sem uma explicação plausível não faz nele qualquer efeito a não ser aumentar-lhe os maus comportamentos e torná-lo frustrado e incontrolável por pessoas que lhe inspiram medo em vez de respeito.
Quando uma pessoa se quer dar ao respeito através do medo, em vez de ser através do próprio respeito (tanto o que exige aos outros como o que nutre pelos outros) está condenada ao fracasso. A incompreensão deste facto torna-a ainda mais vulnerável e, ao mínimo deslize, é derrubada do pedestal em que deliberadamente se coloca.
Quando uma pessoa destas nos julga por respeitarmos as fragilidades do nosso filho, é penoso e é-o, sobretudo, quando percebemos que por mais que lhe expliquemos, nunca nos vai entender ...
Segue o teu coração e a tua razão. Tu és a mãe, tu é que ditas as regras. Os outros só as têm de aceitar, gostem ou não delas. Se erras? errar é humano e ser mãe é tramado. Mas, certamente nunca deixarás de fazer o melhor que sabes.
ResponderEliminarBj**
Obrigada, Tanita. É bom saber que, apesar de este ser um mundo cheio de gente que se recusa a tentar analisar as situações com bom-senso e que está sempre pronta a atirar a primeira pedra, ainda há pessoas com a capacidade de nos entender.
ResponderEliminarBj
Mammy, não podia estar mais de acordo com todas as palavras que tão bem escreveste!
ResponderEliminarHá pessoas que julgam sem conhecimento de causa e nem tentam (por talvez nem o saibam) compreender! mas querem impor a sua razão (falsa) aos demais!
Infelizmente temos que lidar cada vez mais com este tipo de pessoas...
Mas não te deixes levar de forma nenhuma!
Lendo as tuas palavras, cheguei à conclusão que talvez eu tb tenha de abrandar nalguma rigidez de regras com a minha filha. Porque ela é muito birrenta e talvez isso advenha de muita frustração face á disciplina que lhe imponho para colmatar o facto de ter pai e avós paternos completamente permissivos e que se autoexcluem de a educar.
ResponderEliminarAs birras são normalmente uma tentativa de testar os nossos limites e não as podemos confundir com os "ataques de frustração".
ResponderEliminarO meu filho também já fez birras, quando estava na idade delas e essas não podemos permitir. Neste caso específico, ele não fez uma birra, mas teve uma "explosão" devido à frustração acumulada.
São coisas diferentes, primeiro há que saber distingui-las para podermos lidar com elas de maneira diferente.
Na minha opinião, que não é de especialista, convém perceberes primeiro se são realmente birras ou não.
Bj