Vivemos parametrizados, cercados por regras e padrões que nos prendem, que nos amarram, a convenções que, por vezes, nada têm a ver com as nossas. Vivemos presos a um cabelo assim, a um corpo assado, a padrões de pensamentos, de comportamentos, de opiniões, de bens materiais, de coisas e mais coisas. Vivemos sepultados numa imagem que não nos reflecte. E podemos viver assim anos, décadas. Podemos viver assim eternamente.
Ou podemos, um dia, abrir os olhos e enxergarmo-nos. Olharmos para dentro e vermos aquilo que somos. Sentirmo-nos bem num corpo menos estereotipado, gostarmos daquela cicatriz, afeiçoarmo-nos àquele dentinho torto, àquela assimetria do rosto. Sentirmo-nos bem num penteado que não está na moda, numa roupa que não se usa, gostarmos de comida picante, detestarmos gin, preferirmos andar descalços, adorarmos rebolar na areia, passarmos a olhar o infinito em vez do ecrã de um computador e libertarmo-nos de padrões que não nos dizem nada. Libertarmo-nos daquilo que não nos serve, libertarmo-nos daquilo que nunca nos serviu, porque é fútil, porque é oco, porque não cabe em nós.
E assim, leves e soltos, abandonarmos de vez a ideia da perfeição. E desabrocharmos num amor-próprio livre que nos permitirá encontrar prazer nos defeitos, especialmente nos defeitos, nos nossos defeitos, que se transformarão em, apenas, mais uma parte de nós, sem o peso do "errado" e do "imperfeito". Sem peso nenhum.
E assim, sem as coisas vãs que não nos enchem e só nos esvaziam, encontrarmos mais um pouco desse "eu", cuja procura justifica toda esta travessia.
Ou podemos, um dia, abrir os olhos e enxergarmo-nos. Olharmos para dentro e vermos aquilo que somos. Sentirmo-nos bem num corpo menos estereotipado, gostarmos daquela cicatriz, afeiçoarmo-nos àquele dentinho torto, àquela assimetria do rosto. Sentirmo-nos bem num penteado que não está na moda, numa roupa que não se usa, gostarmos de comida picante, detestarmos gin, preferirmos andar descalços, adorarmos rebolar na areia, passarmos a olhar o infinito em vez do ecrã de um computador e libertarmo-nos de padrões que não nos dizem nada. Libertarmo-nos daquilo que não nos serve, libertarmo-nos daquilo que nunca nos serviu, porque é fútil, porque é oco, porque não cabe em nós.
E assim, leves e soltos, abandonarmos de vez a ideia da perfeição. E desabrocharmos num amor-próprio livre que nos permitirá encontrar prazer nos defeitos, especialmente nos defeitos, nos nossos defeitos, que se transformarão em, apenas, mais uma parte de nós, sem o peso do "errado" e do "imperfeito". Sem peso nenhum.
E assim, sem as coisas vãs que não nos enchem e só nos esvaziam, encontrarmos mais um pouco desse "eu", cuja procura justifica toda esta travessia.
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Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...